JESUS TE AMA

Sejam Bem Vindo em Nome de Jesus!!!!Blog 100% Gospel

Sejam bem Vindo em nome de Jesus!!!! 

--
XAT GOSPEL JESUS AMA VOCE BEM VINDO NO NOSSO XAT FAZEMOS PARCERIAS SE QUISER E SÓ NOS PROCURAR. BRASILJURIDICO@HOTMAIL.COM
....
<<<<<"RÁDIO HINOS INSPIRADOS 24 HORAS NO AR EVANGELIZANDO O BRASIL E O MUNDO, A INTERNET A SERVIÇO DE DEUS 99 ovelhase voce ">>>>>

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Predestinação.

A soteriologia calvinista é comumente definida em termos do acrônimo TULIP:

A. Depravação Total (Incapacidade Total)

B. Eleição Incondicional

C. Expiação (Definida) Limitada

D. Graça Irresistível (Eficaz)

E. Perseverança dos Santos



A. DEPRAVAÇÃO TOTAL (INCAPACIDADE TOTAL)

A total depravação é o ensino bíblico que o homem foi tão afetado pela queda que é totalmente incapaz de fazer qualquer bem espiritual e é, portanto, impossível que ele faça algo de si mesmo que contribua para a sua salvação. O homem não regenerado está espiritual e pactualmente morto e não pode entender a verdade espiritual. Ele, portanto, não tem capacidade de escolher a Deus.

Jesus mostra claramente que Ele ensinou a doutrina da incapacidade total. Em Mateus 13.11-17, Ele explica aos Seus discípulos a razão pela qual ensinava em parábolas. Ele lhes diz que eles tinham recebido a capacidade de conhecer os mistérios do reino, mas a outros isso não tinha sido concedido. Jesus estava ensinando que o homem caído não tem naturalmente a capacidade de entender Sua verdade. Nosso Senhor diz que tal capacidade é um dom de Deus. Jesus fala mais sobre o coração depravado e enganoso do homem em Mateus 15.19: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.”

Enquanto explicando a natureza do novo nascimento a Nicodemos em João 3, Jesus diz ao letrado mestre judeu que ninguém pode entrar no reino de Deus, a menos que tenha nascido de cima. A analogia da salvação como um novo nascimento é significante. Nenhum de nós teve a capacidade de escolher o tempo e o lugar do nosso nascimento, nossa raça, ou qualquer outra característica genética. Um bebê não escolhe nascer pelo ato de sua vontade. O bebê não é capaz de fazê-lo. Assim se dá com o novo nascimento.

Em João 6.44, Jesus fala da total incapacidade do homem vir a Ele sem a graça compelidora do Pai. “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.” O homem caído não pode mudar sua própria natureza (e consequente incapacidade espiritual) não mais que um leopardo pode mudar suas manchas (Jr. 13:23), tornando-se dessa forma impossível que um pecador escolha a Deus antes da obra regeneradora do Espírito Santo. À luz dessas declarações deveria ser mais que abundantemente claro que o Filho do Homem ensinou a doutrina da incapacidade humana.


B. ELEIÇÃO INCONDICIONAL

Nosso Senhor não somente ensinou a doutrina da eleição como um axioma, mas também fez referência à doutrina como uma pressuposição. Em Mateus 24, onde Jesus descreve a Grande Tribulação – que no contexto é claramente um evento no primeiro século – somos ensinados no versículo 22, que por causa dos eleitos, aqueles dias seriam abreviados. Por definição, “eleito” refere-se a alguém que foi escolhido por outro, não alguém que escolheu a si mesmo.

Jesus também ensinou a eleição em preceito. Ele diz em João 5.21 que Ele dá a vida à “aqueles que quer”. João 6.37 registra nosso Senhor dizendo às multidões que aqueles que veem a Ele são dados pelo Pai: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.” A eleição é ilustrada também na escolha dos outros. Jesus diz a eles em João 15.16 que eles não O escolheram, mas que foram escolhidos por Ele. Mateus 11.27: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”; João 3.8: “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito”; e João 6.37-66 são também declarações claras dos lábios do nosso Senhor ensinando a doutrina da eleição.

Se as palavras têm significado, Jesus ensinou a doutrina da eleição. Não há nada nas palavras do nosso Senhor que sequer sugira a possibilidade da distorção arminiana da doutrina que mantém que a eleição está de alguma forma condicionada sobre as ações livres dos homens. A passagem de João 6 é especialmente refrescante em dias quando há tanta pressão para satisfazer ouvidos com comichão. “E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido. Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele” (João 6.65,66). Jesus não tinha medo de proclamar ousadamente a doutrina da eleição, mesmo se isso significasse perder seguidores.


C. EXPIAÇÃO LIMITADA (DEFINIDA)

Talvez a discordância mais acalorada entre calvinistas e arminianos seja sobre a extensão da expiação. A questão diante de nós é simplesmente essa: Por quem Cristo morreu? A vasta maioria dos cristãos evangélicos poderia responder assim: “A resposta é fácil: Cristo morreu por todo o mundo.” Essa resposta mui provavelmente seria acompanhada com o obrigatório texto prova de João 3.16. Concordo que a resposta é fácil, mas a resposta evangélica comum está errada. Está errada de acordo com ninguém outro senão o nosso Senhor Jesus Cristo mesmo.

A visão arminiana da expiação universal implica que seria de alguma forma injusto se Cristo não morresse por todos. Se, contudo, Cristo derramou Seu sangue precioso por todo o mundo, segue-se uma questão lógica: por que todos não são salvos? A resposta comum a essa pergunta é que a incredulidade impede a salvação de pecadores por quem Cristo morreu e derramou Seu sangue precioso. Se é assim, sou compelido a apontar a triste situação do arminiano. A incredulidade não é um pecado? Se Cristo morreu por todos os pecados de todos os homens, então todo o mundo estará no céu. Se Ele morreu por alguns dos pecados de todos os homens, então ninguém estará no céu. Esses sãos as duas opções do dilema arminiano. Além disso, se Jesus morreu uma morte que tornou a redenção uma possibilidade hipotética para todos, então na verdade isso não assegurou a salvação para ninguém. Não existe conforto numa propiciação que não propicia ou numa redenção que não redime. Os calvinistas limitam a extensão da expiação de Cristo, mas os arminianos limitam o poder dela.

Argumentos lógicos de lado, o que Jesus ensina sobre a extensão de Sua expiação? Nosso Senhor claramente limita Sua expiação em Sua declaração em Mateus 20.28, quando Ele descreve o propósito de Sua vinda: dar a Sua vida como um resgate por muitos. “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” A grande passagem em João 10 é talvez a mais clara sobre essa questão. No vv. 11 e 15, Jesus diz que Ele dá a Sua vida pelas ovelhas. Os versículos 26 e 27 definem as ovelhas como aqueles que creem e seguem a Cristo. Portanto, Jesus está ensinando que Ele morreu somente por aqueles que creem nele. Em outras palavras, Jesus morreu somente pelos eleitos.

A oração sacerdotal de Cristo em João 17 é instrutiva também. Jesus não ora pelo mundo (v. 9). No versículo 20, Jesus diz que ele está orando por “aqueles que creem em mim”. Jesus estava orando em favor dos eleitos de Deus como Sumo Sacerdote deles. Contudo, Jesus não era apenas o Sumo Sacerdote, mas o sacrifício também. Como Sumo Sacerdote, Jesus não iria orar apenas pelos eleitos enquanto se oferecendo como sacrifício por todo indivíduo que viveria sobre a terra. Isso é similar a crer que os Sumos Sacerdotes de Israel ofereciam sacrifícios pelo Egito e pela Assíria no Dia de Expiação. Não, os sacerdotes ofereciam a Deus um sacrifício pelos pecados de Israel somente.

A vida, obra e ensino de Cristo demonstram claramente que Ele morreu por Seu povo (o Israel espiritual) e por eles somente.


D. GRAÇA IRRESISTÍVEL (EFICAZ)

Graça irresistível é a doutrina que mantém que um pecador não tem capacidade para recusar a graça especial de Deus ao trazer esse pecador à salvação. Os evangelhos revelam que Jesus ensinou tal doutrina?

Jesus ensinou que a graça eletiva de Deus não pode ser definitivamente recusada por um pecador obstinado. O homem, morto em seus delitos e pecados, não pode escolher a Deus. De modo oposto, um homem que recebeu a graça redentora não pode recusar tal graça. Em João 6.44, Jesus diz que ninguém pode vir a Ele, a menos que o Pai o traga. O verbo grego empregado aqui pode ser literalmente traduzido como “arrastar”. A graça eletiva de Deus é irresistível. Se Deus amou um indivíduo antes da fundação do mundo, se Cristo derramou Seu sangue redentor por esse pecador, Ele não permitirá que essa pessoa pereça. Ele “arrastará” esse pecador à salvação pelo poder do Seu evangelho.

A passagem familiar de João 3 também é ilustrativa da graça irresistível. Em sua conversa com Nicodemos, Jesus compara a salvação a um novo nascimento. É óbvio que um feto, quando a plenitude do tempo chegar, não pode recusar nascer! Antes, o corpo da mãe forçosamente expelirá a criança. A criança não é consultada. Deveríamos esperar que o nascimento espiritual fosse diferente? Se examinarmos nossa conversão, Deus nos implorou para sairmos do túmulo do pecado ou o poder de Deus nos expeliu das trevas para o Seu reino de luz, através do novo nascimento? Jesus nos deu a resposta.


E. PERSEVERANÇA DOS SANTOS

Os cinco pontos do Calvinismo estão inseparavelmente ligados. Se Deus nos amou desde a eternidade passada e Cristo derramou seu sangue precioso por nós, é uma necessidade lógica que estamos eternamente seguros. Jesus ensinou a doutrina da segurança eterna? Sim, de fato Jesus a ensinou.

Que tipo de vida Jesus concede aos crentes? Jesus diz repetidamente que Ele concede vida eterna (João 3.16: 3.36; 6.47) aos crentes. Embora incrivelmente simples, muitos cristãos não captam a importância desse argumento. Por que Jesus a chamaria de vida “eterna”, se existe uma possibilidade de perdê-la?

Se o leitor não estiver convencido ainda, considere novamente João 10. Jesus diz que aqueles (as ovelhas) por quem Ele morreu, nunca perecerão e que ninguém pode arrebatá-los da Sua mão (v. 28). Não existe lugar mais seguro que a mão de Cristo. Se você crê em Cristo, então é uma de Suas ovelhas. Se você é uma de Suas ovelhas, você jamais perecerá, pois o Bom Pastor deu a Sua vida por você e lhe concedeu o dom da vida eterna. Você está seguro em Sua amável mão!

Perseverança dos Santos

Nada melhor do que os textos bíblicos e exclusivamente eles para explicarem.


Isaías 54.10

Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o SENHOR, que se compadece de ti.


Jeremias 32.40
Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.


Mateus 18.14
Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos.


João 3.16
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.


João 3.36
Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.


João 5.24
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.


João 6.35
Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.


João 6.37
Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.


João 6.39
E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.


João 6.47
Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.


João 10.27-29
As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.


Romanos 5.8-10
Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;


Romanos 8.1
Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.


Romanos 8.29
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.


Romanos 8.34-39
Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.

Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.


1 Coríntios 1.8-9
O qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.


2 Coríntios 4.14
Sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco.


2 Coríntios 5.5
Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito.


Efésios 1.5
Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.


Efésios 1.13-14
Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.


Efésios 4.30
E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.


1 Tessalonicenses 5.23-24
O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.


2 Timóteo 4.18
O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!


Hebreus 9.12
Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.



Hebreus 9.15
Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.


Hebreus 10.14
Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.


1 Pedro 1.5
Que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.

1 João 2.19
Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.


1 João 2.25
E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna.


1 João 5.11-13
E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.


Judas 24-25
Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!

Ajude-me a entender eleição!! (R. C. Sproul)

Tentar responder a essa pergunta dentro desse formato curto e sintético, pode quase fazer mais mal do que bem. Eu poderia fazer um comercial aqui dizendo que a Cultura Cristã publicou um livro que escrevi intitulado Eleitos de Deus, que se dedica inteiramente ao estudo dessa muito difícil dou¬trina bíblica da eleição.


Quando discutimos a questão da eleição, melhor conhecida como predestinação, muitas vezes essa palavra é associada com a teologia calvinista. O apóstolo Paulo nos diz em Efésios que fomos predestinados em Cristo para ser sua feitura, e também segue esse tema bem de perto na carta aos Romanos. Portanto, como cristãos temos de lutar com esse conceito de eleição divina soberana.

Creio, novamente, que devemos entender o ponto básico da eleição — que Deus considera a raça humana em sua queda e vê a todos nós num estado de rebelião contra ele. Se ele fosse exercer sua justiça total e completamente contra o mundo todo, então todos nós certamente pereceríamos. As Escrituras nos dizem que em nosso estado natural e decaído, estamos num estado de escravidão moral. Ainda temos a habilidade de fazer escolhas, mas essas escolhas seguem os desejos de nossos corações, e o que nos falta como criatu¬ras caídas é um desejo inato por Deus. Por isso Jesus diz, por exemplo: "nin¬guém poderá vir a mim se, pelo Pai, não lhe for concedido" (Jo 6.65).

Creio que a eleição significa que Deus soberanamente e graciosamente dá o desejo por Cristo àqueles a quem ele chama do mundo. A dificuldade, e o grande mistério, é que, aparentemente, ele não faz isso para todas as pessoas. Ele reserva o direito, como disse a Moisés e como Paulo reitera no Novo Testamento, de ter misericórdia de quem ele tem misericórdia — assim como ele escolheu Abraão e não Hamurabi, assim como Cristo apareceu a Paulo na estrada de Damasco de uma forma que não apareceu a Pôncio Pilatos. Ele nunca trata ninguém injustamente. Alguns recebem justiça e alguns recebem misericórdia e Deus se reserva o direito de dar eternamente sua clemência executiva, se você assim desejar, àqueles a quem ele escolhe. Existe um grande debate sobre isso, como você sabe, mas creio que a escolha que Deus faz não é baseada na minha retidão ou na sua retidão, mas na graça divina.

Os Cinco Solas da Reforma

Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria




SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.

Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.

A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.

A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.

Tese 1: Sola Scriptura

Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.

Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.


SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo

À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.

Tese 2: Solus Christus

Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.

Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.


SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho

A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.

A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.

Tese 3: Sola Gratia

Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.

Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.


SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial

A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.

Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.

Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.

Tese 4: Sola Fide

Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.

Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.


SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus

Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.

Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.

Tese 5: Soli Deo Gloria

Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.

Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.

Declaração de Cambridge

Predestinação e Graça - Agostinho

Sobre o que afirmei antes: “O poder salvífico desta religião jamais faltou a alguém que dela fosse digno e, se a alguém faltou, é porque não foi digno”, se se discute e investiga a razão pela qual alguém é digno, não faltam os que dizem que é pela vontade humana. Nós, porém, dizemos que é pela graça ou predestinação divinas. Todavia entre a graça e a predestinação há apenas esta diferença: a predestinação é a preparação para a graça, enquanto a graça é a doação efetiva da predestinação.Assim, o que diz o Apóstolo: “Não vem das obras, para que ninguém se encha de orgulho. Pois somos criaturas dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras,” significa a graça. O que se lê em continuação: “Que Deus já antes tinha preparado para que nelas andássemos” (Ef 2,9-10), indica a predestinação, que não existe sem a presciência, ao passo que a presciência se pode dar sem a predestinação.


Pela predestinação, Deus previu o que havia de fazer, pelo que foi dito: “Fez as coisas do futuro (Is 45, seg. LXX).” Ele tem o poder de prever mesmo o que não faz, como são quaisquer pecados, ainda que haja pecados que o são como castigo de pecados, como está escrito: Deus os entregou à sua mente incapaz de julgar, para fazerem o que não presta (Rm 1,28); nisto não há pecado de Deus, mas justiça de Deus. Portanto, a predestinação de Deus, que é prática do bem, é, como disse, preparação para a graça, mas a graça é efeito da própria predestinação.Por isso, quando Deus prometeu a Abraão em sua descendência a fé de muitos povos, dizendo: “E tu serás pai de muitas gentes” (Gn 17,4-5), o que levou o Apóstolo a dizer: “A herança vem da fé, para que seja gratuita e para que a promessa fique garantida a toda a descendência,” não fez a promessa em virtude do poder de nossa vontade, mas devido à sua predestinação.

Prometeu, pois, não o que os homens, mas o que ele havia de realizar. Porque, embora os homens façam o bem relativo ao culto de Deus, ele faz com que eles façam o que ordenou, e não depende deles que ele faça o que prometeu. Em caso contrário, para o cumprimento da promessa de Deus, dependeria do poder dos homens e não do de Deus, e o que pelo Senhor foi prometido, retribuiriam a Abraão. Não foi neste sentido que Abraão acreditou, mas acreditou, dando glória a Deus, convencido de que ele é capaz de cumprir o que prometeu (Rm 4,16-2 1). Não diz: “Predizer”, mas “Saber pela presciência”. Pois é capaz de também predizer e prever as ações alheias a si, mas diz: é capaz de cumprir, o que quer dizer: não obras estranhas a si, mas as próprias.

Porventura Deus prometeu a Abraão na sua descendência as boas obras dos gentios, prometendo, portanto, o que ele mesmo faz? Não lhe prometeu a fé dos gentios, que é obra dos homens, mas, para prometer o que ele faz, não teve presciência da fé que seria obra dos homens? Não é este o pensamento do Apóstolo, pois Deus prometeu a Abraão filhos que seguissem suas pegadas na fé; é o que diz com toda a clareza.

Mas se prometeu as obras dos gentios e não a fé, sem dúvida foi porque não existem boas obras a não ser pela fé, como está escrito: “O justo viverá da fé” (Hab 2,4), e: “Tudo o que não procede da boa fé é pecado” (Rm 14,23), e: “Sem a fé é impossível ser-lhe agradável” (Hb 11,6); contudo, o cumprimento do prometido por Deus depende do poder humano.
Isso porque, se o homem não faz sem a graça de Deus o que depende de seu poder, Deus não fará por seu dom, ou seja, se o homem não tiver fé por si mesmo, Deus não cumpre o que prometeu, a fim de que as obras da justiça sejam obras de Deus. Por isso, o fato de Deus cumprir suas promessas não depende de Deus, mas do homem.Mas se a verdade e a piedade não impedem a fé, creiamos com Abraão que Deus é capaz de cumprir o que prometeu. Mas Deus prometeu a Abraão filhos, os quais não poderão sê-lo, se não tiverem fé. Portanto, Deus outorga também a fé.
 
Por Agostinho

Dez Efeitos de Se Crer nos Cinco Pontos do Calvinismo

Estes dez pontos são meu testemunho pessoal dos efeitos de se crer nos cinco pontos do Calvinismo. Eu tinha acabado de completar o ensino num seminário sobre este assunto, quando fui solicitado pelos membros da classe para que publicasse essas reflexões, de forma que eles pudessem ter acesso a elas. Estou muito feliz de assim o fazer. Apesar do conteúdo dessas reflexões estar disponível numa fita do Desiring God Ministries, eu o coloquei aqui para um aproveitamento mais amplo, na esperança de que elas possam motivar outros a investigar, como os Bereanos, para ver se a Bíblia ensina o que eu chamo de “Calvinismo”.


1. Estas verdades me fazem permanecer no temor de Deus e me guiam à profundidade da adoração centrada em Deus.

Eu me recordo o tempo quando eu primeiramente observei, enquanto ensinava Efésios no Colégio Betel no final da década de 70, a tripla declaração do objetivo de toda obra de Deus, a saber, “para o louvor da glória de Sua graça” (Efésios 1:6,12,14).

Isto me leva a ver que não podemos enriquecer a Deus e que, portanto, Sua glória brilha mais claramente, não quando tentamos satisfazer Suas necessidades, mas quando estamos satisfeitos nEle, como a essência de nossos feitos. “Porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória pois a Ele eternamente” (Romanos 11:36). A adoração se torna um fim em si mesma.

Isto tem me feito sentir quão fracas e inadequadas são minhas afeições, de forma que os Salmos de desejos tornam-se vivos e fazem a adoração intensa.

2. Essas verdades ajudam a me proteger de brincar com as coisas divinas.

Uma das maldições de nossa cultura é a banalidade, atração, inteligência. A televisão é o principal sustentador de nosso vício à superficialidade e trivialidade.

Deus é varrido nisto. Por conseguinte, a brincadeira com as coisas divinas.

Seriedade não é excessiva em nossos dias. Ela pode alguma vez ter sido. E, sim, há desequilíbrios em certas pessoas hoje, que parecem não ser capazes de relaxar e falar sobre o tempo.

Robertson Nicole disse de Spurgeon, "O evangelismo do tipo humorístico [poderíamos dizer crescimento de igreja do tipo marketing] pode atrair multidões, mas ele reduz a alma a cinzas e destrói os genuínos germes da religião. O Sr. Spurgeon é freqüentemente considerado por aqueles que não conhecem seus sermões, como tendo sido um pregador humorista. Para dizer a verdade, não houve nenhum pregador cujo tom fosse mais informalmente sério, reverente e solene” (Citado na Supremacia de Deus na Pregação, p. 57).

3. Estas verdades fazem com que me maravilhe com minha própria salvação.

Após expor a grande obra de salvação de Deus em Efésios 1, Paulo ora, na última parte deste capítulo, para que o efeito desta teologia seja a iluminação de nossos corações, para que nos maravilhemos na nossa esperança, e nas riquezas da glória de nossa herança, e no poder de Deus que opera em nós – isto é, o poder para ressuscitar os mortos.

Todo motivo de vanglória é removido. Alegria e gratidão de um coração quebrantado abundam.

A piedade de Jonathan Edwards começa a crescer. Deus nos dá uma prova de Sua própria majestade e nossa própria perversidade e então, a vida Cristã se torna uma coisa muito diferente da piedade convencional. Edwards a descreve belamente quando ele diz,

“Os desejos dos santos, embora sérios, são desejos humildes: sua esperança é uma esperança humilde, e sua alegria, mesmo quando ela é indizível, e cheia de glória, é humilde, uma alegria de um coração quebrantado, e deixa o Cristão mais pobre em espírito, e mais semelhante a uma pequena criança, e mais disposto a uma submissão universal de comportamento (Religious Affections, New Haven: Yale University Press, 1959, pp. 339s).

4. Estas verdades me fazem alerta para os substitutos antropocêntricos que se apresentam como boas novas.

Em meu livro, Os Prazeres de Deus (2000), pp. 144-145, eu mostro que no século XVIII, na Nova Inglaterra, o declínio da crença na soberania de Deus levou ao Arminianismo, e então ao universalismo, e então ao Unitarismo. A mesma coisa aconteceu na Inglaterra no século XIX, após Spurgeon.

O livro de Iain Murray, Jonathan Edwards: Uma Nova Biografia (Edinburgh: Banner of Truth, 1987), p. 454, documenta a mesma coisa: “As convicções calvinistas diminuíram na América do Norte. No progresso do declínio que Edwards tinha com razão alertado de antemão, aquelas igrejas Congregacionais da Nova Inglaterra que tinham abraçado o Arminianismo após o Grande Despertamento, gradualmente se moveram para o Unitarismo e universalismo, guiados por Charles Chauncy”.

Você pode ler também no livro de J.I. Packer, Quest for Godliness [1] (Wheaton, IL: Crossway Books, 1990), p. 160, como Richard Baxter abandonou estes ensinamentos e como as gerações seguintes colheram uma colheita amarga na igreja de Baxter, em Kidderminster.

Estas doutrinas são um baluarte contra os ensinamentos antropocêntricos em muitas formas, que gradualmente corrompem a igreja e a fazem fraca internamente, enquanto tudo parece forte ou popular.

1 Timóteo 3:15, "A igreja do Deus vivo [é] o pilar e o baluarte da verdade”.

5. Estas verdades me fazem gemer diante da indescritível doença de nosso século: uma cultura que faz pouco caso de Deus.

Eu dificilmente posso ler o jornal ou ver um anúncio na TV ou na billboard [2] sem sentir o peso de que Deus está ausente.

Quando Deus é a principal realidade no universo e é tratado como uma não-realidade, eu tremo diante da ira que está sendo entesourada. Eu sou capaz de ficar chocado. Muitos cristãos estão sedados com a mesma droga que o mundo está. Mas estes ensinos são um grande antídoto.

E eu oro por despertamento e avivamento.

E tento pregar para criar um povo que são tão saturados de Deus, que eles mostrarão e falaram sobre Deus em tudo lugar, e em todo tempo.

Nós existimos para reafirmar a realidade de Deus e a supremacia de Deus em tudo da vida.

6. Estas verdades me fazem confiar que a obra que Deus planejou e começou, Ele terminará – tanto globalmente como pessoalmente.

Este é o ponto de Romanos 8:28-39.

E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós; quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

7. Estas verdades me fazem ver tudo à luz dos propósitos soberanos de Deus – Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.

Tudo da vida se relaciona com Deus. Não há compartimento onde Ele não seja todo-importante e Aquele que dá significado à todas as coisas. 1 Coríntios 10:31.

Vendo o soberano propósito de Deus se desenvolvendo na Escritura, e ouvindo Paulo dizer que “Ele faz todas as coisas segundo o conselho de Sua vontade” (Efésios 1:11) me faz ver o mundo desta maneira.

8. Estas verdades me fazem esperançoso de que Deus tem a vontade, o direito e o poder de responder orações para que as pessoas sejam transformadas.

A garantia de oração é que Deus pode interromper e mudar as coisas – incluindo o coração humano. Ele pode mudar a vontade ao redor. “Santificado seja Teu nome” significa: faça com que as pessoas santifiquem Seu nome. “Possa Sua palavra correr e ser glorificada” significa: faça com que os corações sejam abertos para o evangelho.

Devemos tomar as promessas do Novo Concerto e implorar a Deus para que as cumpra em nossas crianças e em nossos vizinhos, e entre todas os campos missionários do mundo.

“Deus, tire o coração de pedra deles e lhes dê um coração de carne” (Ezequiel 11:19).

“Senhor, circuncide os seus corações, para que eles Te amem” (Deuteronômio 30:6).

“Pai, coloque Teu Espírito dentro deles e faça com que eles andem em Teus estatutos” (Ezequiel 36:27).

“Senhor, conceda-lhes arrependimento e o conhecimento da verdade, para que eles possam espaçar das ciladas do diabo” (2 Timóteo 2:25-26).

“Pai, abras os seus corações, para que eles creiam no evangelho” (Atos 16:14).

9. Estas verdades me fazem lembrar que o evangelismo é absolutamente essencial para que as pessoas venham a Cristo e sejam salvas, e que há grande esperança para o sucesso no conduzir as pessoas à fé, mas que a conversão não é, no final das contas, dependente de mim ou limitada pela dureza do incrédulo.

Assim, isto dá esperança ao evangelismo, especialmente nos lugares difíceis e entre povos duros.

João 10:16, " Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; a essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz”

Isto é obra de Deus. Se arremesse nela com abnegação.

10. Estas verdades me asseguram de que Deus triunfará no fim.

Isaías 46:9-10: “Eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antigüidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade;

Resumindo todos estes pontos: Deus recebe a glória e nós a alegria,


NOTAS DO TRADUTOR
[1] - Publicado no Brasil pela Editora Fiel, com o título “Entre os Gigantes de Deus: Uma Visão Puritana da Vida Cristã”.
[2] - Revista semanal americana dedicada à música e às gravadoras (inclui a colocação semanal das músicas mais pedidas e os álbuns mais vendidos).

5 maneiras de saber se você realmente é cristão

Jonathan Edwards procurou promover uma vibrante fé cristã ensinando as pessoas quais são as verdadeiras “marcas,” ou sinais da vida piedosa. Ele o fez não somente porque era muito esperto e gostava de categorizar as coisas, mas porque ele queria que os cristãos experimentassem a alegria do verdadeiro Cristianismo e então espalhassem aquela alegria para os outros. Resumindo, ele era um pastor missional antes do YouTube e do penteado de moicano.

1. Você ama a Jesus

Em seu texto de 1741 “Marcas Características de uma Verdadeira Obra do Espírito de Deus” (Distinguishing Marks of a True Work of the Spirit of God), Edwards listou um número de sinais negativos e positivos que diferenciavam uma verdadeira obra de Deus de uma falsa. Apesar de no texto Edwards ter-se concentrado em avivamentos de um modo geral, suas palavras se aplicam a indivíduos buscando discernir se conhecer ao Senhor ou não.

O primeiro destes sinais era uma “alta estima” por Jesus Cristo. O ponto deste primeiro sinal é que, quando o Espírito se move no coração de uma pessoa e o acorda para a fé e o arrependimento, sua visão de Jesus muda. O crente simbólico respeita a Jesus, mas não o reverencia ou exalta. O verdadeiro cristão se deleita em Jesus, um deleite que é frequentemente evidente e contagioso. Ao servimos em missão para Deus promovendo o evangelho, nós devíamos esperar ver uma “alta estima” por Jesus Cristo, o autor de nossa redenção.

2. Você odeia o pecado

O segundo sinal de uma “verdadeira obra” é um ódio crescente pelo pecado e a derrota de práticas pecaminosas.

Quando o espírito que está trabalhando opera contra o interesse do reino de Satanás, o qual se baseia em encorajar e estabelecer o pecado e agradar-se dos desejos mundanos dos homens; este é um claro sinal de que se trata de um verdadeiro, e não de um falso espírito… Para que possamos seguramente determinar, a partir do que diz o apóstolo, que o espírito que está operando no meio de um povo… e o convence do horror do pecado, a culpa que ele traz e a tristeza à qual ele expõe: Eu digo que o espírito que opera desta maneira, só pode ser o Espírito de Deus (Works 4, 250-51)

Neste ponto, como nos outros, é tanto profundo quanto simples. Um dos claros sinais de uma obra de Deus é o ódio crescente pelo pecado. Nossos olhos são abertos de repente para ver o horror da condição de alguém. Onde antes alguém identificava fraqueza e falhas, mas sempre tinha desculpas na ponta da língua para cobrir estas deformidades pessoais, agora o Espírito mostra ao pecador o quão desprezível e mal ele é.

3. Você ama a Palavra de Deus

O terceiro sinal de uma “verdadeira obra” é o amor pela Bíblia. Edwards ligou este amor pela Escritora não simplesmente por apreciação literária de seu conteúdo, mas a uma fome e uma sede pela Palavra de Deus dadas pelo Espírito.

Este espírito que opera de tal maneira de forma a causar nos homens um respeito maior pela Sagrada Escritura, e os edifica mais em sua verdade e divindade, é certamente o Espírito de Deus… o Diabo nunca cuidaria de produzir nas pessoas um respeito pela Palavra divina, a qual Deus conferiu para ser a grande e permanente regra para a direção de sua igreja em todos os assuntos religiosos e preocupações de suas almas, em todas as épocas. (Works 4,250)

Muitas pessoas respeitam a Bíblia. Ela é conhecida como um “livro sagrado,” um texto sagrado. Mas poucas pessoas a veem como a tangível palavra de Deus que o próprio Deus “apontou e inspirou para entregar à sua igreja sua regra de fé e prática” como “a grande e permanente regra para a direção de sua igreja.” Onde o coração de uma pessoa arde de amor e santo “respeito” pelas Escrituras, o Espírito trabalhou.

4. Você ama a verdade

O quarto sinal que marcava a presença de uma “verdadeira obra” era um elevado amor pela verdade e pelas coisas de Deus.

Uma consciência e uma reação à verdade divina era um claro sinal de que o Senhor havia movido em corações humanos. Então onde as pessoas passaram a ver “que há um Deus” e que ele é “grande” e “odeia o pecado,” e que eles próprios têm “almas imortais” e “devem dar conta de si mesmos a Deus,” o Espírito estava operando a verdadeira conversão.

Edwards com razão notou que o Espírito não leva os crentes ao erro. Portanto, quando ouvimos notícias de conversão, quer seja em massa ou individual, nós precisamos ouvir repercussões da verdade no testemunho do convertido. Ele ama mais a verdade? Ele ama mais a Deus? Ele se compromete com a sã doutrina e arraiga sua fé nela? Cristãos missionais buscam odiar o pecado e levar outros a fazer o mesmo.

5. Você ama os crentes

O último sinal positivo na taxonomia de Edwards da “verdadeira obra” do Espírito, era o amor de alguém pelos companheiros cristãos.

Muitas pessoas que professam a Cristo perdem o chão neste ponto final. Eles podem até gostar dos comembros da igreja e contribuir de alguma forma para seu bem-estar, mas não foram cheios pelo Senhor com um santo amor por seus companheiros cristãos, e assim eles não os servem. A verdadeira conversão irá fazer com que casais estáveis cerquem jovens cristãos famintos de discipulado. Levará cristãos a dar generosamente a missionários e companheiros crentes (veja 2Coríntios 8). Irá fazer com que os crentes mais antigos passem tempo mentorando os mais jovens (veja Tito 2).

No final, a forma de cuidar de irmãos diz mais respeito ao nosso testemunho de conversão e nosso entendimento da missão do evangelho do que possamos inicialmente pensar. Verdadeiros cristãos distribuem amor aos seus irmãos como resposta à graça de Jesus.

(Adaptado do Capítulo Três de Jonathan Edwards em Verdadeiro Cristianismo [True Christianity], da Coleção Essencial de Edwards [The Essential Edwards Collection]).

Nenhum comentário:

Postar um comentário