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sábado, 20 de agosto de 2011

JÁ NÃO SE FAZEM PASTORES COMO ANTIGAMENTE

Li na internet uma notícia que me chamou a atenção no início da semana. Um pastor foi baleado na porta da sua igreja no último dia 22 de maio, na cidade de Timóteo, no Vale do Aço, interior de Minas Gerais. Fiquei questionando se a tentativa de assassinato seria algum tipo de perseguição por causa da pregação do pastor, ou apenas mais um caso de violência gratuita que não respeita mais ninguém, ou, ainda, algum tipo de engano por parte dos criminosos. De qualquer modo, a notícia de um pastor ter sido baleado na porta da igreja ao final do culto convenhamos, não é algo muito comum, nem, tampouco, agradável de se ler ou de se ouvir.

Houve um tempo em que ser pastor era motivo de orgulho e sinônimo de prestígio. Nesse tempo distante, as diversas igrejas existentes nas pequenas comunidades rurais preparavam-se com grande expectativa e júbilo para a passagem do pastor pelos lugarejos, a fim de pregar seus sermões, batizar os crentes e ministrar a Santa Ceia. Pastor, naqueles tempos, era coisa rara. Havia menos pastores do que igrejas. Cada pastor precisava dividir seu tempo entre, até, seis igrejas ou mais, viajando a cavalo ou a pé para atender os crentes e cumprir sua missão.

As pequenas comunidades paravam para assistir aos sermões do pastor e ouvir seus conselhos. Nas casas mais abastadas havia sempre um quarto reservado para o pastor. A porta mantinha-se rigorosamente trancada, a cama intocada e os objetos intactos. Aquele quarto era só para o pastor, considerado pela família a visita mais ilustre entre muitas outras. Para a família era um grato privilégio hospedar o servo do Senhor. Ninguém ousava recusar esse privilégio.

Vale ressaltar que os pastores daquela época não precisavam discursar nos púlpitos em favor desses privilégios. Eles não precisavam constranger a igreja reafirmando sua posição e exigindo honra e respeito. Eles, por si mesmos, eram honrados e respeitáveis. Por considerarem o ofício pastoral um dos mais nobres entre outros ofícios, portavam-se com dignidade diante da nobreza do ministério. Recebiam respeito por serem respeitáveis; recebiam honra, porque eram honrados; recebiam privilégios porque eram dignos deles.

Os tempos passaram e muita coisa mudou. Hoje há mais pastores do que igrejas. Nas casas de muitos crentes não há espaço para se reservar um quarto só para o pastor. Muitos pastores não andam mais a pé, muito menos a cavalo. As comunidades não esperam mais com tanta ansiedade a passagem dos pastores. Aliás, em muitas delas, os pastores sequer são bem-vindos.

É bem verdade que já não se fazem mais crentes como antigamente. Mas, ouso dizer que a razão principal para a mudança do comportamento das pessoas para com os ministros é que já não se fazem mais pastores como antigamente.

Naquele tempo remoto, o pastor era tido como homem de palavra, varão honrado e digno de respeito. A palavra do pastor era respaldada e avalizada pelo seu caráter e moral ilibada. Havia pastores menos respeitáveis? Com certeza. Mas isto era a exceção. Hoje virou quase a regra.

O crescimento desenfreado de denominações evangélicas tem sido um fator responsável pelo estabelecimento dessa regra lamentável. Hoje em dia qualquer um pode ser pastor ou se dizer pastor. Principalmente naquelas igrejas independentes que surgem em cada esquina, onde um sujeito qualquer (qualquer mesmo!) coloca um terno e uma gravata, coloca-se atrás de uma tribuna com um microfone na mão e se auto-ordena “ministro do evangelho”. E essa anomalia gera pastores de todo tipo e contribui para o desprestígio da classe.

Entretanto, a responsabilidade não é apenas das igrejas independentes. Ela também deve ser dividida por alguns pastores de igrejas históricas que usam títulos e diplomas para esconder pecados horrendos e corrupções diversas.

Para falar a verdade, ser pastor hoje é motivo de pouco orgulho e sinônimo quase nenhum de prestígio. Pastor, para muitos, é sinônimo de caloteiro, mal pagador, explorador e outros adjetivos pouco louváveis. Há exceções? Claro que há, mas elas não têm conseguido mudar o quadro. Até porque, os bons pastores não aparecem na mídia, não ocupam os noticiários nem alardeiam aos quatro ventos a sua excelência (se o fizessem, claro, perderiam tal excelência, porque um dos princípios básicos dessa excelência é a discrição e a humildade).

O certo é que a igreja precisa de pastores dignos de honra e respeito, e a classe pastoral precisa resgatar essas qualidades. Aliás, a sociedade precisa ver os pastores como homens dignos, corretos, respeitáveis e excelentes. Creio que isto deve começar pelos próprios pastores. Eu sou pastor, felizmente. Sei que não tenho todas as características que se espera de um pastor excelente, ou daqueles nobres pastores de antigamente. Mas espero nunca estampar os noticiários como um mau exemplo. Para isto conto sempre com a misericórdia de Deus em meu favor.

A propósito, de acordo com parentes, o tal pastor de Timóteo já vinha sofrendo ameaças de morte há algum tempo. O motivo das ameaças e dos tiros? Dívidas. É, realmente, já não se fazem mais pastores como antigamente.

Agnaldo Silva Mariano

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